quarta-feira, 18 de maio de 2016

Sobre o uso do nome de Deus em vão e a falta de reverência nas reuniões eclesiais

No contexto da Igreja é muito comum a pratica de reunir-se de tempos em tempos para tomar decisões. Neste tipo de encontro sinaliza-se a opção por uma vivência democrática. Todas as pessoas podem apresentar seus pontos de vista, argumentar, questionar, sugerir e propor. E isso só pode ser feito a fim de honrar a Deus, indicar o compromisso com o Reino e beneficiar toda a coletividade em meio à diversidade e pluralidade existente. Por conseguinte, em todo o processo de cada conclave, composto pelas etapas da preparação, execução e conclusão, pede-se a direção do Pai Celeste e clama-se a Ele força e inspiração para não tirar o Evangelho do foco em nenhum momento. A comunidade cristã procede deste modo como reverência Àquele que é o Supremo Amor e o único Salvador e Senhor. Além disso, age-se deste modo com o intuito de não banalizar o nome de Deus.

A Igreja ao tomar os cuidados acima descritos demonstra que ela é formada por pessoas que resolveram render-se ao senhorio de Jesus Cristo e com Ele caminharem. Cristo é Santo, Justiça, Misericórdia, dentre outras coisas. Já os homens e as mulheres, quando permitem a influência do Espírito Santo, às vezes são santas, justas e misericordiosas. E quando se desconectam do Deus da Vida, em nome dos seus próprios interesses e das suas idolatrias, permitem com que a corrupção, a manipulação, o descontrole, o abuso, a exploração, a enganação, os conchavos, as articulações, as traições e toda a sorte de maldades orientem suas reflexões e ações. Logo, por ocasião do ocorrido nas reuniões, tamanha irresponsabilidade culmina com uma falsa postura cristã de ludibriar as pessoas com baixo senso crítico dizendo-lhes que tudo está sendo feito para a glória do Senhor e sob a condução do Santo Espírito. Como agravante, as expressões hipócritas “Deus quis”, “Deus permitiu” e “Deus fez a sua vontade” passam a ser adotadas com o intento de maquiar uma realidade sombria, suja e separada dos propósitos celestiais. Consequentemente, prevalecem o desrespeito ao nome do Senhor e a irreverência.

Uma vez que as pessoas decidiram viver para Cristo, é preciso proceder intencionalmente buscando honrá-lo e confiar que o Espírito Santo as auxiliará para que este objetivo se concretize. Se acaso alguém quiser fazer diferente, seja honesta para com Deus e com os demais integrantes da Igreja usando as seguintes frases como exemplo: “Eu decidi”, “Eu me reuni com pessoas que partilham dos meus interesses egoístas para agirmos de tal forma”, “Eu traí como parte da minha estratégia”, “Eu não consultei a Deus”, “Eu não me sujeitei ao Evangelho”, “Eu manipulei”, “Eu fiz conchavos”, “Eu estou colocando os resultados na conta de Deus para sensibilizar vocês”. Não obstante, é oportuno lembrar que Jesus Cristo é a cabeça da Igreja. A Igreja composta por seres humanos, sabedora das suas fraquezas e limitações, procura manter-se firmada na Rocha, isto é, no Evangelho. Este último, quanto mais compreendido e experimentado pelos discípulos e discípulas, passa a ser concretizado no cotidiano para o bem do indivíduo, da comunidade cristã e da sociedade. Por fim, que todas as reuniões e demais ações da Igreja tragam consigo a beleza e a transformação do Evangelho.


Graça, paz e bem!