Neste trecho da Bíblia, o
profeta Amós, em nome de Deus, chama a atenção das lideranças do povo de Israel
sobre duas realidades muito graves que elas estão praticando, a saber, o
descaso com o direito e o acordo com a injustiça. Naquela sociedade, os
governantes, os juízes, os líderes religiosos superiores, os latifundiários e
os grandes comerciantes haviam feito um esquema para que pudessem se beneficiar
econômica e politicamente oprimindo a maioria da população que era pobre e
trabalhadora. No julgamento das variadas causas, os juízes só favoreciam as
elites e, para piorar, os principais religiosos mentiam dizendo que Deus estava
do lado dos injustos poderosos.
Em decorrência do
desprezo ao direito e à justiça, cresceram naquela sociedade a maldade, o
abuso, a exploração, o sofrimento, a violência, o roubo, a fome, o assassinato,
a dívida, o medo, a impunidade, o assédio e a escravidão. Aquela situação
lamentável era uma afronta a Deus e um insulto aos Céus. Portanto, Amós recebe
a tarefa divina de ir aos poderosos, denunciar toda a maldade praticada e
exigir que se convertessem dos maus caminhos devolvendo tudo o que roubaram e passando
a cumprir suas tarefas com decência. Deus ama o direito e a justiça porque sabe
que, se essas coisas forem observadas, toda a sociedade será beneficiada
usufruindo a paz social.
Diante disso, respaldando-se
em Amós e no ministério de Jesus Cristo, nós cristãs e cristãos temos uma
grande responsabilidade nas mãos, isto é, zelar pela justiça e pelo direito à
semelhança de Deus. Nós podemos ser apregoadoras/es da paz e do bem a todas as
pessoas. De outro lado, não podemos nos esquecer que receberemos assédios das
elites e, também, estaremos sujeitas/os à corrupção para perverter o direito e
a justiça. Por isso, é necessário que nós sejamos fortes, estudiosas/os,
sensíveis à realidade social, tementes a Deus e estejamos convictas/os do
compromisso com a dignidade humana. Reflitamos, sigamos com esperança e que o
Deus Pai, Filho e Espírito Santo nos abençoe.
Graça, paz e bem!
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