quinta-feira, 27 de março de 2008

Vagarosas andanças

Eu amo a Deus mais do que antes.

Eu amo amar o/a próximo/a mais do que antes.

Eu amo o Evangelho da Graça mais do que antes.

Vivi um tempo longe deste Amor e me entristeço por isso. Quem se distancia perde realmente. Mergulha nos podres bastidores da “falsidade-hierárquica-cristã”, consome-se pelas “igrejeiras politicagens”, agride pessoas em nome de verdades arrogantemente absolutas e amargura-se em meio aos conflitos entre “linhas teológicas”. Somando-se a isso, deixa-se levar por baboseiras mil – próprias de gente incrédula que fala da fé Naquele que é o Caminho, a Verdade e a Vida, mas sem de fato andar com Jesus Cristo. Por tudo isso, eu me uno ao Guilherme Kerr Neto e canto: “Valeu demais! Os dias mal passados caminhando atrás de planos mal traçados. Que eu só posso agradecer a Tua mão que me livrou. Valeu o tempo de esperar, mas já passou...”.

Hoje eu oro e trabalho com o foco no Alvo e consigo entender-sentir melhor o que vem a ser o tão anunciado fardo leve.

Hoje eu estou mais maduro pela misericórdia do Senhor e me sinto livre das amarras que me impediam de viver o Amor.

Hoje eu me permito ser pastoreado pelo próprio Deus e Nele encontro forças para pastorear os/as meus/minhas irmãos/ãs.

O Senhor continua agindo em meu ser de uma maneira que eu consigo (co)responder. Ele “fala” comigo numa “língua” que eu entendo. O meu “hoje” pode ser expresso com as palavras do poeta Almir Sater: “Ando devagar porque já tive pressa e levo esse sorriso porque já chorei demais. Hoje eu me sinto mais forte, mais feliz quem sabe. Eu só levo a certeza de que muito pouco eu sei...”. Em suma, ao som da viola e da passarada eu continuo a minha peregrinação na companhia do Pai Celestial.

No Caminho adquiro algumas convicções, mas sem esquecer-me da humildade, do amor e da ternura.

No Caminho eu me encontro com Ele em oração, na reflexão sobre as Escrituras Sagradas, no olhar do/a meu/minha irmão/ã, na contemplação da Criação, no canto sincero e na ação diaconal em prol de alguém.

No Caminho é confirmada a minha esperança de que um dia estarei na Casa do Pai, eu o verei, serei recebido com um abraço e um beijo na face, ali cearei e permanecerei.

Graça, paz e bem!

domingo, 23 de março de 2008

Páscoa: memória atualizada da ressurreição

Comemoramos neste dia a vitória que Jesus teve na cruz do calvário, superando a morte e sendo ressuscitado pelo próprio Deus. A promessa foi cumprida, a morte foi vencida e Jesus Cristo Ressurreto hoje reina à direita de Deus Pai todo poderoso. Façamos com que o Sol do Amor e da Justiça brilhe e gire neste mundo através das nossas vidas. Na força do Espírito Santo proclamemos: Girassol! Girassol! Aleluia!

Graça, paz e bem!

sábado, 22 de março de 2008

Sábado de Aleluia


Silêncio!


Dia propício para silenciar e reavaliar a caminhada com Aquele que é a Luz do Mundo: Jesus Cristo.


Graça, paz e bem!

sexta-feira, 21 de março de 2008

A Paixão de Jesus Cristo

Compartilho com você a letra da canção “Noite” de Guilherme Kerr:

Noite sem descanso viu Jesus amanhecer.
Sol de um dia triste, sexta-feira de horror.
Chefes, sacerdotes maltrataram pra valer
A quem é da própria vida o autor.
Pelo bem que fez pagou!

Sim, mais foi Pilatos quem por fim O entregou.
Cara e mãos lavadas, a saída que escolheu
E o povo irado como um só se levantou.
Falou... Será que a voz do povo é a voz de Deus?
Cruz e morte ao Benfeitor!

Quase meio dia o Salvador já preso à cruz.
Cruz, horror maldito, cruz de dura punição.
De repente trevas, pois fugiu a própria luz
Ah!

Graça, paz e bem!

quinta-feira, 20 de março de 2008

Lavapés


Segue abaixo a letra da canção intitulada "Lavapés" de Jaci Maraschin:

Jesus, tu reuniste os teus amigos e lhes lavaste os pés humildemente; e enviaste os logo após entre os perigos de um mundo desumano e incoerente.

Também pediste que este teu exemplo se repetissem em nós, e que, ao invés de nos fecharmos em teu santo templo saíssemos lavando ‘inda outros pés.

Na poeira das estradas desta vida, vem, nossos pés lavar, tão doloridos, vem dar-nos mãos que acalmem a ferida dos que ‘inda longe estão de Ti perdidos.

Senhor, que os nossos pés assim lavados nas águas transparentes de tuas fontes indiquem sempre a cura dos pecados, e resplandeçam belos sobre os montes.

Graça, paz e bem!

quinta-feira, 13 de março de 2008

Compartimentalização, trânsito e anomia

Apesar da tentativa de compartimentalizar a vida em setores, na prática isto é dificílimo. A vida é um todo. O falso ideal do individualismo sucumbe diante do fato que somos interdependentes. Querer dividir a vida em campos pode ser comparada à seguinte situação: Nós precisamos ir ao congestionado e poluído centro de São Paulo, portanto, a fim de não prejudicar os nossos sistemas respiratórios nós os deixaremos em casa e quando voltarmos de nossa aventura citadina nós os recolocaremos.

Aliás, desviando um pouco do assunto, a Grande São Paulo está assombrosamente poluída, violenta e cheia de automóveis. Se esta Metrópole é um organismo, então ela está muito doente. O estado de anomia pode ser observado em toda a cidade. As ruas lotadas e esfumaçadas se configuram como um triste exemplo desta constatação. Agora falemos baixo... Não deixe nenhum político oportunista e nenhuma máfia dos transportes escutar isso: precisamos de mais linhas de metrô, barcos, trens, menos caminhões e carros... Em nome do organismo vivo chamado cidade, do povo sofrido e estressado, e da vida familiar saudável. Amém.

Ter uma compreensão holística da vida está diretamente associada ao cristianismo. Por haver uma consciência cristã conclui-se que não dá para ser discípulo/a de Jesus somente nos encontros daqueles/as que transpiram e inspiram juntos/as (conspiração) a mesma fé. Somos cristãos/ãs na cidade, na família, na escola, no trabalho, nos círculos de amizade, no trânsito, ou seja, em todos os âmbitos sociais. Se vivermos uma espiritualidade sadia à semelhança da que fora proposta por Jesus Cristo, todas as áreas do viver serão irrigadas com o Evangelho do Reino. Sendo assim, o resultado será o desenvolvimento integral.

Graça, paz e bem!

sábado, 8 de março de 2008

O fio da história: Dia internacional da mulher


Há um tempo atrás eu e o Rev. Luiz Carlos Ramos confeccionamos um texto referente ao Dia internacional da Mulher e o publicamos na Revista Voz Missionária. Segue abaixo:

“Lá estavam elas, ao som dos teares, tecendo com fio lilás os tecidos que deveriam vestir e aquecer outros corpos - roupas que elas mesmas jamais vestiriam. Já próximas ao limite de suas forças, exaustas pelas 16 horas de lida diária, as operárias ainda encontravam ânimo para socorrer companheiras que se esvaíam tuberculosas; para saudar crianças recém-nascidas que saltavam pra dentro da vida ali mesmo, sob os teares; e para chorar as envelhecidas jovens que aos 30 anos agonizavam em seus postos e se despediam de sua breve vida. Entretanto, embaladas pelo ritmo das máquinas, e com o colo molhado pelas lágrimas, gestavam sonhos de esperança: salários dignos, melhores condições de saúde, jornada de trabalho que lhes permitisse abraçar mais longamente suas crianças, beijar mais ternamente seus maridos e saborear um pouco mais a comunhão à mesa na simplicidade dos seus lares. Contagiadas por esse sonho, foram compartilhá-lo com o patrão. Mas o patrão, indignado com tamanho absurdo julgou ser este um caso de polícia e resolveu transformar aquele sonho divino em um pesadelo infernal. No dia 8 de março de 1857 as portas da fábrica Cotton de Nova York foram trancadas e o edifício transformado em um grande crematório onde 129 mulheres foram sacrificadas. Mas a fumaça daquele holocausto espalhou-se por todo lugar levando consigo o sonho daquelas mulheres, contagiando e sensibilizando pessoas em todo o mundo que se encarregaram de tornar realidade aquele ideal. Mártires cremadas, fios lilases, gestantes de um mundo melhor inspiraram Clara Zetkin, a propor, durante o Congresso Internacional de Mulheres realizado na Noruega, em 1910, a instituição do Dia Internacional da Mulher. Desde então, a cada 8 de março, mulheres e homens reafirmam sua tarefa como tecelãs e tecelões de uma nova História.”

Eu dedico esta reflexão à minha querida esposa Suely: mulher cristã, forte e sensível. Não obstante, espero que mulheres e homens se movam em resposta ao convite de Deus para serem gestantes de um mundo melhor.

Graça, paz e bem!