Há um tempo
atrás tomei contato com um projeto de lei
em Fortaleza cujo intento era tornar obrigatória a leitura da Bíblia em
escolas públicas e privadas. Logo me veio à mente que alguém pode requerer que
se leia também a Torá, o Alcorão, os Vedas, o Hadith, os Tri-Pitakas ou
qualquer outro texto religioso. Por eu ser discípulo de Jesus e ainda ter a
cabeça no lugar entendo que é muito estranho o projeto de lei em referência,
pois o Estado é laico. Se houvesse uma proposta para leitura dos livros
sagrados das mais variadas religiões talvez pudesse ser considerada. Uma disciplina
de Ciências da Religião voltada para os três anos do Ensino Médio poderia dar
conta de oferecer uma compreensão sobre o campo religioso.
Não obstante ao
fato da Bíblia possuir uma riqueza incomensurável, o tal projeto em pauta é um
absurdo. Para complicar, pensando do ponto
de vista do Caminho, este projeto parece trazer como pano de fundo uma
concepção equivocada de evangelização como conversionismo forçado e imposto por
decreto estatal. É oportuno ressaltar
que o trabalho evangelístico não deve estar associado com imposição, pois
contraria o tão ressaltado Amor de Deus. Evangelizar, segundo aquilo que se
compreende da reflexão neotestamentária, significa comunicar a Boa Notícia
através dos princípios do Evangelho aplicados na vida. Deste modo, as nossas
reflexões, palavras, escolhas e atitudes estarão irrigadas com a Boa Nova.
Graça, paz e
bem!