“Há muitos anos,
cheguei à conclusão de que as duas causas principais da maioria
dos problemas emocionais entre os cristãos evangélicos são estas: 1. O fracasso
em entender, receber e viver a graça e o perdão incondicionais de Deus; 2. E o
fracasso de distribuir esse amor, perdão e graça incondicionais aos outros...”
David Seamands (1922-2006)
Abrir o coração para
a experiência da cura interior é algo maravilhoso. Existe, ao menos, uma
maneira correta e outra errada de se viver isso.
Uma maneira errada é
aquela que, mesmo trazendo um aparente alívio imediato, acontece provocada por regressão ou outro
recurso mental para que as pessoas revivam experiências vividas no útero, na
infância e na adolescência. Com isso, uma catarse é provocada. Porém, a
superficialidade impera contrapondo a vontade do Deus que quer nos conduzir por
sendas profundas com o intuito de tratar dos problemas em suas raízes.
Já a maneira correta, à luz das Escrituras, é avaliar o interior,
conscientizar-se dos fatos antigos que marcaram nosso jeito de ser e crer que
pela transformação feita por Cristo em nosso coração eles não têm mais poderes
sobre nós. Neste processo, sempre acompanhado de reflexão bíblica e oração,
Deus nos ajuda de tal maneira que nossas memórias não nos assombram mais, nem nos
condicionam, nem nos fazem repetir erros.
Ao vivenciar a cura interior, nós identificamos as motivações para boa
parte das nossas raivas, rancores, ódios, amarguras, preconceitos, medos,
comportamentos ruins, sentimentos negativos e péssimas lembranças. Perdoamos
aqueles/as que nos fizeram mal, pedimos perdão pelos erros cometidos, assumimos
a Graça de Deus deixando de nos culpar e martirizar pelos erros, etc. Assim a
vida segue e nós caminhamos debaixo da paz do Senhor.
A cura interior pode ser experimentada por nós em nossos momentos a sós
com o Senhor, nos momentos de culto comunitário, contudo o mais importante é
retirarmos um tempo para estudar a Palavra e refletir sobre os nossos
sentimentos e práticas, apresentarmos nossas constatações ao Senhor e clamarmos
pela sua intervenção em nossa vida.
Vale lembrar também que Deus usa terapeutas e psicólogos/as, para nos
auxiliarem. E se nós acrescermos à nossa espiritualidade cristã às
contribuições destes/as profissionais o benefício será evidente.
Por fim, a cura passa pela oração, reflexão e tomada de atitude.
Prossigamos, portanto, em nossa jornada nesta perspectiva.
Graça, paz e bem!