terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Cura interior?

 
“Há muitos anos, cheguei à conclusão de que as duas causas principais da maioria dos problemas emocionais entre os cristãos evangélicos são estas: 1. O fracasso em entender, receber e viver a graça e o perdão incondicionais de Deus; 2. E o fracasso de distribuir esse amor, perdão e graça incondicionais aos outros...” David Seamands (1922-2006)
 
Abrir o coração para a experiência da cura interior é algo maravilhoso. Existe, ao menos, uma maneira correta e outra errada de se viver isso.
 
Uma maneira errada é aquela que, mesmo trazendo um aparente alívio imediato, acontece provocada por regressão ou outro recurso mental para que as pessoas revivam experiências vividas no útero, na infância e na adolescência. Com isso, uma catarse é provocada. Porém, a superficialidade impera contrapondo a vontade do Deus que quer nos conduzir por sendas profundas com o intuito de tratar dos problemas em suas raízes.
 
Já a maneira correta, à luz das Escrituras, é avaliar o interior, conscientizar-se dos fatos antigos que marcaram nosso jeito de ser e crer que pela transformação feita por Cristo em nosso coração eles não têm mais poderes sobre nós. Neste processo, sempre acompanhado de reflexão bíblica e oração, Deus nos ajuda de tal maneira que nossas memórias não nos assombram mais, nem nos condicionam, nem nos fazem repetir erros.
 
Ao vivenciar a cura interior, nós identificamos as motivações para boa parte das nossas raivas, rancores, ódios, amarguras, preconceitos, medos, comportamentos ruins, sentimentos negativos e péssimas lembranças. Perdoamos aqueles/as que nos fizeram mal, pedimos perdão pelos erros cometidos, assumimos a Graça de Deus deixando de nos culpar e martirizar pelos erros, etc. Assim a vida segue e nós caminhamos debaixo da paz do Senhor.
 
A cura interior pode ser experimentada por nós em nossos momentos a sós com o Senhor, nos momentos de culto comunitário, contudo o mais importante é retirarmos um tempo para estudar a Palavra e refletir sobre os nossos sentimentos e práticas, apresentarmos nossas constatações ao Senhor e clamarmos pela sua intervenção em nossa vida.
 
Vale lembrar também que Deus usa terapeutas e psicólogos/as, para nos auxiliarem. E se nós acrescermos à nossa espiritualidade cristã às contribuições destes/as profissionais o benefício será evidente.
 
Por fim, a cura passa pela oração, reflexão e tomada de atitude. Prossigamos, portanto, em nossa jornada nesta perspectiva.
 
Graça, paz e bem!