sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Letícia: a nossa alegria

A alegria novamente visitou o nosso lar. Porém, desta vez, de uma forma bem diferente se comparada a outras ocasiões.

Esta alegria chegou com olhos pequenos e enormes no exercício da investigação; com pequena estatura e gigante em presença; com voz infantil e potente como a das experientes cantoras de ópera.

Seu nome é Letícia, do latim Laetitia, cujo significado é Alegria. Ela chegou no dia 31 de dezembro de 2010, às 3h34 (da madrugada!), pesando dois quilos e setecentos gramas, e medindo quarenta e seis centímetros.

Nossa filha é linda. O papai (eu, Edemir) e a mamãe (Suely) estão muito contentes. Que Deus abençoe a nossa alegre Letícia e nos conceda sabedoria para educá-la – sempre observando o Caminho do Evangelho.

Graça, paz e bem!

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Shows 2010

Neste ano eu e minha esposa fomos assistir a três inesquecíveis shows:



Djavan, 24 de setembro, Credicard Hall (Ária)




Jorge Vercillo, 6 de novembro, Cibank Hall (DNA)






João Alexandre, 20 de dezembro de 2010, São Nobre da UMESP (Dois Tempos)








Que Deus dê a nós e a vocês muitas oportunidades de apreciar boa música.


Graça, paz e bem!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Perdas e ganhos

Compartilho com você uma breve mensagem pregada em decorrência do falecimento de uma pessoa muito querida para a nossa comunidade cristã. Espero que ela possa trazer-lhe inspiração. O título da reflexão é “Perdas e ganhos” e o texto bíblico “Marcos 8,34-35:

Jesus Cristo certa feita faz um convite decisivo para que os integrantes do povo sigam-no e se tornem discípulos seus. No chamamento Jesus pede aos/às homens/mulheres que neguem a si mesmos, tomem a sua cruz e sigam-no. Negar a si mesmo significa perder a sua vida para os seus interesses pessoais e egoístas. Tomar a cruz requer da pessoa uma entrega a Deus em reconhecimento que não existe nada melhor na vida do que estar junto ao Pai Celeste. E seguir a Cristo é ser moldado/a por Ele, te-lo como único e suficiente Senhor e Salvador obtendo uma vida terrena com mais qualidade e tendo garantida a vida eterna com Deus. Este é um dos maiores ganhos que se obtém segundo Jesus.

Dona Claudia é uma dessas mulheres que perdeu e ganhou. Com a vida que ela nos doou em muitas oportunidades, aquilo que determinadas pessoas diriam que era perda se tratava de um ganho sem tamanho para ela e para nós. Para alguns ela perdia tempo demasiado com oração. Por outro lado, para nós ela ganhava em comunhão com Deus e nós ganhávamos porque estávamos sempre no alvo de suas orações. Eu me lembro, durante este pequeno período de quase dois anos de convívio, que em diversas oportunidades ela me disse: eu tenho orado pelo senhor todos os dias. Eu oro pela igreja, pelos irmãos/ãs em Cristo, e pela minha família para que todos/as se entreguem a Jesus e firmem-se numa Igreja.

E por que ela orava? Porque ela tinha certeza que a oração podia mover o coração de Deus a cuidar, a curar, a proteger, a sensibilizar pessoas, a tocar em alguém que não conhecia a Cristo etc. Aquele tempo aparentemente perdido era muito precioso. Nós, por hora perdemos com a ausência da nossa irmã Claudia, porém o céu ganha com a chegada de uma ilustre discípula de Jesus Cristo. Ela sai deste convívio terreno e passa a fazer parte da história do povo de Deus como uma mulher simples e sincera que caminhava com Jesus Cristo e que orava em favor de muita gente. Nós perdemos um pouco com esta separação, mas ganhamos porque ela passou por nós e deixou-nos um testemunho de fé, de compromisso com Deus e da prática contínua da oração.

Ela foi fiel a Deus, andou com Cristo e herdou a vida eterna. O nosso coração fica um pouco mais alegre por esta verdade. Porém, para nós que mais sentimos esta separação, Deus envia o Seu Espírito para consolar, enxugar a nossa lágrima e atestar-nos que a vitória e o ganho acompanham todo/a aquele/a que perde a sua vida por causa de Jesus e do Evangelho. Amém.

Graça, paz e bem!

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Palestra "Somente a Deus seja a glória"

A Igreja Batista da Pompéia realizará no mês de outubro, nas manhãs de domingo, suas “Conferências Teológicas – A mensagem da Reforma: 493 anos da Reforma Protestante”




A programação é a seguinte:



03/10: Prof. Marcelo do Santos – A suficiência das Escrituras

10/10: Prof. Jonas Madureira – A suficiência de Cristo

17/10: Profa. Paula Coatti – A suficiência da fé

24/10: Prof. Paulo Gomes – A suficiência da Graça de Deus

31/10: Prof. Edemir Antunes – Somente a Deus seja a glória



No dia 31 de outubro de 2010, às 10h00, por ocasião das comemorações referentes à Reforma Protestante, eu farei uma palestra na Igreja Batista da Pompéia. O tema a ser desenvolvido por mim é “Somente a Deus seja a glória”. Se você puder: participe.



Graça, paz e bem!

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Palestra "Bíblia e Ensino"




A “Semana de Estudos Teológicos”, da Faculdade Teologia da Universidade Metodista de São Paulo, será realizada entre os dias 25 e 29 de outubro.



Eu fui convidado para dar uma das palestras no painel “Bíblia e Ensino”. Esta ocorrerá no dia 28, às 20h15. A sua participação será bem-vinda.



Para maiores informações: http://www.metodista.br/fateo



Graça, paz e bem!

sábado, 14 de agosto de 2010

Os Novos Evangélicos de nossa Época?


Eu tenho que dar o braço a torcer... adquiri a revista Época que tem como artigo principal “Os novos evangélicos”. Este assunto me chamou atenção porque faz parte dos meus estudos sociológicos sobre os cristianismos protestantes brasileiros, também como me toca porque sou pastor de uma igreja protestante.

É preciso parabenizar o jornalista Ricardo Alexandre pelo esforço de elaborar o artigo supradito em nove páginas, com fotos bonitas, quadro sintético da história do cristianismo, uma tipologia para fins comparativos e citações de pareceres do fragmentado corpo pastoral protestante nacional. Entretanto, o artigo de modo geral não acrescenta quase nada, antes cria uma verdadeira confusão na mente de quem é curioso, iniciante ou iniciado no “mundo evangélico brasileiro”.

O título do artigo “Os novos evangélicos” e a frase da capa “um movimento de fiéis critica o consumismo, a corrupção e os dogmas das igrejas – e propõe uma nova reforma protestante” são imprecisos. Talvez tenha sido feito assim propositalmente, isto é, com o intuito de vender e esclarecer a questão no decorrer do texto. Pois bem, o tal esclarecimento foi apenas o meu anseio e não o de quem redigiu o texto (que dá a impressão de ter sido escrito em dois ou três dias sob pressão). Como diria a minha avó: “isso aí é um balaio de gato”.

No meio deste artigo confuso algumas questões ficam sem respostas: Será que os novos evangélicos são aqueles influenciados pela teologia da prosperidade e confissão positiva (Renascer, Universal, Internacional da Graça, Mundial)? Ou são os protestantes dissidentes de igrejas mais antigas (Luterana, Presbiteriana, Batista, Anglicana, Metodista)? Ou são protestantes pentecostais brasileiros (Assembléia de Deus, Congregação Cristã no Brasil, o Brasil para Cristo)? Ou são ex-protestantes de igrejas pentecostais? Ou são os protestantes emergentes (emergiram de onde? por quê? para quê?)? Ou são os protestantes de igrejas antigas indignados com a realidade eclesial e eclesiástica?

De um lado há menção a um dissidente cristão com vistas à simplicidade espiritual e que tem raízes em alguma igreja antiga. Lê-se também uma crítica às religiosidades protestantes institucionalizadas, aos protestantes de direita e esquerda (se alguém conseguir explicar o significado destas posturas políticas hoje merecerá um prêmio). Junto a isso se censura o comércio religioso, o culto à personalidade, o misticismo e a corrupção de certos protestantismos. E há espaço para criticar o apego aos formatos enrijecidos dos protestantismos antigos e o liberalismo teológico. Em suma, abriu-se a porteira e os rebanhos saíram às pressas e berrando.

O circo encheu-se de esplendor quando se resolveu juntar vários representantes dos protestantismos brasileiros e dar-lhes voz. Olha que reunião interessante é feita no artigo... os pastores Augustus Nicodemus Lopes, Caio Fabio, Carlos Bezerra Jr., Ed Rene Kivitz, Geraldo Tenuta, Irani Rosique, João Flavio Martinez, Miguel Uchôa, Moris Cerullo, Ricardo Agreste, Ricardo Gondim, Ricardo Quadros Gouvêa, Robinson Cavalcanti, Silas Malafaia, Valter Ravara e o ex-religioso (Testemunha de Jeová) e grande sociólogo de gabinete Ricardo Mariano. Sobra crítica para todo mundo e ninguém ao mesmo tempo.

Vamos supor que eu tenha nove páginas para escrever, 95% de uma capa de revista para dar o destaque ao meu artigo, um destaque no índice da revista e a possibilidade de dizer algo interessante para uma população não-especializada em protestantismos. Uma sugestão para organizar as idéias é a seguinte:

1. Faça um breve histórico sobre o cristianismo inicial, o catolicismo, a reforma protestante (gaste umas linhas a mais sobre isso porque o seu foco é discorrer sobre os protestantismos contemporâneos), as principais igrejas formadas no período pós-reforma, a chegada dos protestantismos no Brasil, as igrejas protestantes brasileiras e suas divisões (suas ênfases teológicas e práticas), as transformações religiosas ocorridas no século XX, o aumento do número de fiéis protestantes segundo o senso de 2000, e o protestantismo contemporâneo.

2. Discorra a respeito das linhas teológicas protestantes ortodoxa, neortodoxa, liberal, neoliberal e alguma outra que tenha sido inventada. Procure pontuar quais destas prevalecem no Brasil.

3. Explane sobre o que se entende sobre formalismo, estrutura hierárquica rígida, dogmatismo, dentre outros aspectos citados no texto.

4. Explique as razões pelas quais alguns protestantes não aceitam que certos grupos se auto-intitulem evangélicos e façam uso do comércio religioso, do misticismo e da corrupção.

Estas propostas indicam que versar sobre “protestantismos” ou “evangélicos” é algo muito complexo e requer cuidados por parte daquele/a que se propõe a esta tarefa. Se o jornalista Alexandre tivesse este propósito, certamente o artigo seria esclarecedor aos/às leitores/as. Partir do pressuposto que as pessoas leitoras da revista já entendem o suficiente dos protestantismos brasileiros para compreenderem o artigo em questão é falso.

Por isso é importante ressaltar que a maneira com a qual se expôs a matéria no texto não contribui para o entendimento deste plural e multifacetado “grupo” religioso, apenas serve para validar interesses ideológicos e políticos que dão suporte para a construção do texto como fora feito. O mesmo poderia ser aplicado a algum artigo que destacasse a uniformidade do catolicismo se comparado aos protestantismos. Diversos pesquisadores das Ciências Sociais demonstram com seus trabalhos de campo e pesquisas que não há como pensar em catolicismo, mas catolicismos. É aparente a uniformidade católica. E como se descobre isso? Com pesquisa profunda.

Enfim, mais seriedade e sensibilidade são imprescindíveis para um trabalho digno de nota.

Graça, paz e bem!

Veja artigo da Revista Época na íntegra no blog  "Sobre fé e + um pouco" (http://sobrefeemaisumpouco.blogspot.com/2010/08/nova-reforma-protestante.html)

sábado, 24 de julho de 2010

A evangelização no coração do discípulo

Ganhei o dia! Deparei-me com um texto bíblico deveras impactante. Eu só peço a Deus que me ajude a ser um discípulo-evangelizador capaz de dizer e viver as palavras abaixo:

Se anuncio o Evangelho, não tenho de que me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim se não pregar o Evangelho! Se o faço de livre vontade, tenho galardão; mas, se constrangido, é, então, a responsabilidade de despenseiro que está confiada. Nesse caso, qual é o meu galardão? É que, evangelizando, proponha, de graça, o Evangelho, para não me valer do direito que ele me dá. Porque, sendo livre de todos, fiz-me escravo de todos, a fim de ganhar o maior número possível. [I Coríntios 9,16-19]

Graça, paz e bem!

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Educar para o Reino, educar para a Vida

A Bíblia é conhecida no meio cristão como Livro de Fé Instrutiva. Neste encontra-se formas de ensino, conteúdo e experiências que promulgam a libertação, a transformação e a restauração para um modo de ser mais sadio e concorde com o que Deus espera daqueles/as que o seguem. Educar para libertar e salvar é um ponto alto nos Textos Sagrados. Isto se exemplifica não apenas nos relatos escriturísticos, mas também em dois termos caros às Escrituras. No Primeiro Testamento encontra-se a expressão Torah, que significa Boa Instrução, e no Segundo Testamento o vocábulo Evangelion, traduzido por Boa Notícia.

Ao olhar para um sem número de textos bíblicos do Antigo e Novo Testamentos, observar-se-á uma grande preocupação por parte dos líderes religiosos em transmitir boas instruções como novidade de Deus  para a felicidade da população. Estes, valendo-se de métodos pedagógicos variados, procuravam educar as pessoas com muito afinco a respeito, dentre muitos assuntos, do modo como proceder em relação a Deus e aos/às semelhantes. Os “chefes” da religião, em sua maioria, estavam comprometidos com o Senhor da vida. Assim, instruíam o povo movidos por um só ideal, a saber, a promoção de uma existência salutar segundo os Valores Eternos.

No Brasil atual há também mulheres e homens com a incumbência de educar como os religiosos acima mencionados. Embora a contemporaneidade apresente muitas diferenças se comparada ao mundo bíblico, ainda hoje se percebe a necessidade de um bom ensino bíblico. Um problema claramente constatado é que uma parte das lideranças “cristãs” tem preferido assumir um discurso imediatista e utilitarista a educar as pessoas para procederem de um modo mais adequado à Boa Nova proposta nas Escrituras Sagradas.

Somente através de um Bom Ensino, sensível à vida de homens e mulheres, será possível, à luz da Palavra, proporcionar mudanças marcantes na Igreja, bem como nas outras áreas da sociedade hodierna.

Longe da censura ou do indiferentismo para com o assunto em tela, urge acordar, cair em si, e fazer com que a boa educação cristã se dê no mundo atual.

O comprometimento verdadeiro com Deus é corroborado na importância que se dá à educação permitindo ao ser humano tornar-se cada vez mais humano.

Que a Torah e o Evangelion façam toda a diferença.

Graça, paz e bem!


Obs.: as expressões "religião" e "religiosos" não são utilizadas neste texto em sentido pejorativo. Estas estão respaldadas no texto de Tiago 1,19-27.

sábado, 26 de junho de 2010

Maturidade cristã: I Co 12 a 14

Ao iniciar a caminhada cristã, o/a discípulo/a é ensinado/a sobre a necessidade de amadurecer na fé. A maturidade espiritual não se compra em nenhum tipo de loja de artigos religiosos. Ela é adquirida à medida que o/a cristão/ã se lança à comunhão com Deus. Neste relacionamento a pessoa adota uma vida contínua de oração, reflexão bíblica, avaliação dos pensamentos e comportamentos à luz da Palavra, culto ao Senhor, encontro com outros/as irmãos/ãs, partilha das experiências em comunidade e evangelização. Quanto mais o/a crente exercita todos estes aspectos, mais ele/a amadurece e é fortalecido/a. Uma vez agindo do modo descrito menos vulnerável ele/a ficará às quedas, às tentações, às situações difíceis e às pessoas que o/a afrontam. O Espírito Santo terá livre acesso ao seu coração e isto lhe trará um grande bem, ou seja, força, conforto, alegria, correção, estímulo, orientação e ajuda.

As considerações acima estão respaldadas em diversos textos bíblicos, no entanto podemos observá-las na afirmação de Paulo contida em I Coríntios 13,11: “Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino; quando cheguei a ser homem, desisti das coisas próprias de menino”. Em outras palavras, o apóstolo declara que no período vivido antes de encontrar-se e relacionar-se dia a dia com Jesus sua existência foi imatura. A forma com a qual lidava com Deus, com as Sagradas Escrituras, com as pessoas e consigo mesmo estava errada. O erro estava justamente no fato de não conhecer ao Pai com profundidade, o Cristo como Senhor e Salvador, e o Espírito Santo como ajudador e consolador.

Paulo adentrou ao processo da maturidade quando percebeu que se ele não buscasse cotidianamente a comunhão com Deus ficaria desprotegido, enredado pelos pecados, inconstante, orgulhoso, entre outras coisas ruins. Portanto, o/a maduro/a na vida cristã é quem não se cansa de buscar ao Senhor e de permitir-se transformar pelo Evangelho. À semelhança do que o apóstolo experimentou a comunidade de discípulos/as em Corinto também precisava experimentar. E para caminhar assim só é possível com humildade, desprendimento e perseverança. Todo cristão/ã deve entrar neste estágio, nele permanecer e progredir diariamente. Paulo estava inconformado com os/as irmãos/ãs que conheceram a Cristo, mas continuavam na imaturidade. Uma vez que ele não se conformava com aquela situação, Deus o toca estimulando-o a orientar e exortar a Igreja em Corinto sobre o modo como se deve pensar, falar, agir e vivenciar a fé.

Agora responda com sinceridade: Em qual estágio da vida cristã você está? Na imaturidade? Ou na maturidade?

Reflita sobre isso e converse com o Senhor em oração.

Que Deus o/a ajude e abençoe.

Graça, paz e bem!

segunda-feira, 24 de maio de 2010

3º Aniversário do Blog


As atividades deste blog foram iniciadas no dia 24 de maio de 2007.


Durante estes três anos muitas coisas aconteceram. Destaco o meu próprio amadurecimento como cristão e “blogueiro”.

Aproveito a oportunidade para agradecer a todos/as que por aqui passaram, leram, refletiram, comentaram e discordaram.

Espero continuar contribuindo com a reflexão cristã e, assim, honrar a Deus, edificar os/as leitores/as e satisfazer-me.

Graça, paz e bem!

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Getro (1938-2010) - tio, pastor e humorista

Um pai cuidadoso...

Um pastor consagrado...

Um mestre na arte do humor...

O meu Tio Getro foi um destes homens valorosos cujo texto de II Tm 4,7 lhe cai muito bem: "Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé." Ele nasceu na cidade de Ourinhos (SP), no dia 27 de setembro de 1938. E hoje, 17 de maio de 2010, na cidade de Nova Andradina (MS), dorme no Senhor. Dos seus quase 72 anos de vida, 47 anos foram dedicados ao pastorado na Igreja Metodista. Hoje a Cidade Sorriso, Nova Andradina, chora por um dos homens que mais fez com que ela sorrisse.

Deixo o meu carinho especial para os membros da família que mais estão sentindo nesta hora: Mirian (minha mãe e irmã do Getro), Tia Elza (esposa), Haldo (filho do Getro), Eni (esposa do Haldo) e os netos do meu tio: Guilherme, Hemilly e Handrei (filhos do Haldo e da Eni).

Que Deus console nossa família.

Que Deus abençoe todo o povo metodista.

Que Deus ajude com que sejamos fervorosos e bem humorados no anúncio e vivência do Evangelho, tal como o meu Tio Getro foi.

Graça, paz e bem!

domingo, 4 de abril de 2010

Gratidão ao pastor e amigo Rev. Naor Garcia

Ser pastoreado por um/a homem/mulher vocacionado/a não tem preço...

Ao pensar no corpo pastoral contemporâneo é possível constatar que a aridez ministerial e o descompromisso ganham cada vez mais espaço. Vários/as pastores/as sucumbem àquelas tentações outrora sofridas por Jesus (Mt 4,1-11), isto é, transformar Deus num capacho e/ou “gênio da lâmpada”, alcançar poder, riqueza e fama em prejuízo do Evangelho, e colocar-se acima de Deus.

O círculo pastoral cada vez mais é invadido por idéias megalomaníacas. Dentre estas ressalto a gana por alcançar multidões a qualquer custo e fazer da Igreja uma Empresa Multinacional ávida por expandir-se economicamente e obter mais clientes - distorcendo a vocação de estar ao lado do “rebanho” para acompanhar, ensinar a pensar, animar nas horas de dor, incentivar a prosseguir, dentre outras coisas próprias de quem anda com Cristo.

Certamente há bons exemplos de pessoas que servem outras pastoralmente e que preferem ser fiéis a Jesus Cristo a cultuar os atuais modelos de “messias guerreiros, poderosos, famosos, sanguinários, impessoais, aprisionados em instituições religiosas distantes de Deus e desligadas do Amor que salva, restaura e constrói”.

É importante que nós não nos desesperancemos por conta das ausências pastorais, antes enfatizemos que existiram, existem e irão existir pastores/as fíéis a Deus e que, mesmo limitados/as por sua humanidade, se esforçam em serem discípulos/as de Jesus.

Durante oito anos eu freqüentei a Igreja Presbiteriana do Brasil na cidade de São Carlos. Ali eu conheci muita gente boa e pastores comprometidos. Eu fui pastoreado, durante seis anos, por um homem extraordinário, sensível, companheiro, íntegro e sincero chamado Rev. Naor Garcia (veja a foto do pastor com sua esposa Selva Garcia acima). A minha vida foi marcada pelo seu pastorado. Isto somente se deu porque, acima da Instituição Religiosa à qual estava integrado, ele era discípulo de Cristo. Eis aí a grande diferença.

Ao Rev. Naor Garcia e a todos/as os/as pastores/as que exercem o ministério humildemente por amor a Jesus Cristo dedico o meu carinho, oração e respeito.

Graça, paz e bem!

quarta-feira, 24 de março de 2010

Adoradores de cultos


Quando Jesus andou pela Palestina no século I da EC, Ele demonstrou com sua vida que o relacionamento que muitos procuravam ter com Deus estava equivocado. Dentre vários equívocos, destaca-se aquele que dizia respeito ao culto que se prestava ao Senhor.

Naquele tempo, homens de “bem” e de bens, saudáveis, da nacionalidade aprovada (israelita), de conduta “ilibada”, sem nenhuma restrição imputada pelos especialistas da religião, dirigiam-se ao Templo para cultuarem a Iahweh – possivelmente se ouvia por aquelas bandas dos santos homens: vou ao culto, vou a sinagoga, vou a “igreja”. A estrutura litúrgica, os cantos, as orações, os salmos, os gestos e as prédicas eram conhecidas e acatadas pelos fiéis judeus. Logo, este conforto litúrgico propiciava a sensação de trabalho cumprido com excelência. Afinal, criam que Deus gostava daquele culto porque os crentes se satisfaziam com o que faziam. É certo que crianças, mulheres, doentes e pobres não tinham acesso à área vip do local que se praticava a liturgia, mas não havia problema porque os homens de bem e de bens representavam no culto-lugar o que de melhor havia naquela Sociedade Eleita.

Todavia, eis que vem o subversivo Jesus Cristo e põe no chão a cristalização de formas cúlticas, relativiza o “espaço sagrado” do Templo, convida todas as pessoas a cultuarem, mostra que ninguém vai à “igreja” ou “sinagoga”, ironiza as formatações litúrgicas que adestram, castram e condicionam corações a entenderem que satisfação com o mecanismo cúltico é infinitamente maior que aprazer-se com o Deus do culto.

A igreja, ou “sinagoga”, é feita de pessoas transformadas por Jesus e não de tijolos e concreto. O culto é reconhecimento de que sem o Senhor nada se pode fazer. Cristo deixa claro que o templo de pedra é um local para cultuar. O mais importante Templo é o coração, este é o lugar do Sagrado, o solo santo. A isso se acrescenta que o culto verdadeiro se dá nas andanças da vida, nas palavras emitidas, nos pensamentos, nos atos exercidos. Portanto, o culto que se faz no templo de pedra nada mais é do que o encontro de uma comunidade de discípulos/as que cultuam ao Senhor dia-a-dia e que o farão em conjunto com os demais membros da família de Jesus.

A ordem perpetrada neste culto público não deve ser confundida com formatação ungida, santa e intocável. Para orar basta observar o roteiro básico apresentado por Jesus, para cantar basta que as palavras e sons provenham de um interior submisso e irrigado pela presença do Deus vivo, para batizar basta um ser quebrantado diante da face do Senhor e um copo de água ou um oceano inteiro, para que a Palavra edifique e faça diferença no cotidiano basta acolhe-la como revelação e traze-la para a vida sem legalismo, literalismo, hipocrisia, conservadorismo e fanatismo.

Segundo Jesus, não há gestos litúrgicos, formas e fórmulas rituais, roupas cúlticas, calendários, dialeto religioso mais santo e mais espiritual. Estes elementos devem apenas facilitar o culto público e não adquirir um fim em si mesmo a ponto de se tornar mais importante que Deus. Além disso, não existe sexo, status, raça e alguma outra distinção capazes de apontar os aptos e os inaptos para cultuarem. A aptidão é concedida àqueles que nada são, isto é, se reconhecem carentes da misericórdia, amor e Graça divina. Somente assim se cultua ao Senhor. Somente assim se conclui que Deus é a razão do culto e não as pessoas. Somente assim se anda com o Senhor, a saber, sem extravagâncias farisaicas, incredulidades sadoquitas, sem exageros rabínicos, sem pedigree místico.

Sem mais... cultuemos ao Senhor na liberdade do Evangelho.

Graça, paz e bem!

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Ler ou não ler: eis a questão

Faltam-nos palavras com sustância em nossos púlpitos. Faltam-nos palavras que nos emocionem e toquem nossa razão. Faltam-nos palavras irrigadas pelo Evangelho do Reino. Possivelmente tal escassez se dê em decorrência do descaso de pregadores/as a vida devocional e a leitura. Pensando nisso a Carta de John Wesley a John Trembath traz-nos um pouco de luz:

John Trembath,




Dificilmente me recordo de um pregador que leia tão pouco. Eis a razão porque seu talento em pregar não aumenta. Você continua pregando como pregava há sete anos; com emoção, porém sem profundidade.

Falta variedade e conteúdo.



A leitura poderá preencher estas lacunas com meditação e oração diária. Você prejudica a si mesmo em omitir tal prática.



Desprezo à leitura impede alguém de ser um pregador maduro. Até para ser um cristão íntegro é mister a leitura adequada. Queira Deus que começasse logo!



Separe uma parte do dia para este exercício. Assim adquirirá o sabor por aquilo que faltava; o que parece monótono no início se tornará com o tempo um prazer.



Com ou sem disposição leia e ore diariamente. É para a sua própria vida; não existe outro caminho.



Faltando isso será para sempre um pregador superficial.



John Wesley
17 de agosto de 1760

Graça, paz e bem!

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

São Paulo: 456 anos

São Paulo é paradoxal: bela e horrível, segura e perigosa, humana e monstruosa, relaxante e estressante, seca e molhada, sóbria e desvairada... parece até gente... será que não é?

Que Deus, em meio a tantos paradoxos, abençoe e tenha misericórdia desta cidade, dos seus habitantes, dos seus governantes, de mim e de você.

Graça, paz e bem!

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Pausa para o culto e a reavaliação - Parte II

Os dias 31 de dezembro e 1 de janeiro são propícios para a comunidade cristã reunir-se a fim de cultuar ao Senhor, perpetrar uma reavaliação dos êxitos e das derrotas, bem como suas respectivas causas. No entanto, o culto e o exercício desta análise deve nos impulsionar a continuamente caminhar, avaliar, resolver as pendências, recobrar as forças e prosseguir. Aquele/a que se propôs a viver como discípulo de Cristo necessita sopesar rotineiramente os pensamentos, as andanças, os atos e as palavras a fim de adorar e louvar a Deus com toda a expressão do seu ser. Eis o conselho: ajamos desta maneira não somente nestes dois dias, mas em todo momento. Que Deus nos ajude.


Graça, paz e bem!