Hoje, no Facebook, eu postei a
seguinte mensagem:
“Eu quero enviar um cordial e
efusivo amplexo ao Sr. Fernando Haddad. Moro em São Bernardo do Campo e
trabalho em São Paulo. Essa rotina eu vivenciei durante 10 anos pegando ônibus
cheio e, na maioria das vezes, viajando na escada. O transporte público ao qual
utilizava era péssimo, entretanto veja pelo lado bom: nós nos tornamos íntimos
a ponto da escadaria deste coletivo chamar-me pelo nome. Passado o tempo que
mencionei, compramos um carro. Durante um período para ir trabalhar eu
percorria de automóvel um percurso pela Anchieta que durava 30 minutos em média.
O trânsito era pesado, mas dava para suportar. Mas a vida é uma caixinha de
surpresas. Haddad, um homem iluminado, resolveu criar uma faixa exclusiva para
ônibus na área urbana da Anchieta. Que lindo! Que nobre! Eu e diversos
trabalhadores residentes no ABC Paulista, que vende sua força de trabalho no
município de São Paulo, aprendemos a lição neste período eleitoral em agosto de
2014: use o transporte coletivo, rápido, contudo lhe deixa amassado e cansado;
ou opte pelo transporte particular, egoísta, elitizado, que lhe faz ficar
parado muitas horas no trânsito e ainda lhe oferece em todas as rádios do seu
veículo o programa eleitoral gratuito. Hoje o tempo que gastei na Anchieta foi
de 1 hora e 12 minutos. Não! Não fique triste Haddad! Os 'marronzinhos' estavam
distribuídos em todo o percurso cumprindo os seus ofícios com empenho e
profissionalismo".
Para pensar e praticar uma
pastoral urbana sensível é preciso, também, considerar a situação que descrevi
acima e que é a realidade de muitas outras pessoas.
Graça, paz e bem!