quarta-feira, 14 de julho de 2010

Educar para o Reino, educar para a Vida

A Bíblia é conhecida no meio cristão como Livro de Fé Instrutiva. Neste encontra-se formas de ensino, conteúdo e experiências que promulgam a libertação, a transformação e a restauração para um modo de ser mais sadio e concorde com o que Deus espera daqueles/as que o seguem. Educar para libertar e salvar é um ponto alto nos Textos Sagrados. Isto se exemplifica não apenas nos relatos escriturísticos, mas também em dois termos caros às Escrituras. No Primeiro Testamento encontra-se a expressão Torah, que significa Boa Instrução, e no Segundo Testamento o vocábulo Evangelion, traduzido por Boa Notícia.

Ao olhar para um sem número de textos bíblicos do Antigo e Novo Testamentos, observar-se-á uma grande preocupação por parte dos líderes religiosos em transmitir boas instruções como novidade de Deus  para a felicidade da população. Estes, valendo-se de métodos pedagógicos variados, procuravam educar as pessoas com muito afinco a respeito, dentre muitos assuntos, do modo como proceder em relação a Deus e aos/às semelhantes. Os “chefes” da religião, em sua maioria, estavam comprometidos com o Senhor da vida. Assim, instruíam o povo movidos por um só ideal, a saber, a promoção de uma existência salutar segundo os Valores Eternos.

No Brasil atual há também mulheres e homens com a incumbência de educar como os religiosos acima mencionados. Embora a contemporaneidade apresente muitas diferenças se comparada ao mundo bíblico, ainda hoje se percebe a necessidade de um bom ensino bíblico. Um problema claramente constatado é que uma parte das lideranças “cristãs” tem preferido assumir um discurso imediatista e utilitarista a educar as pessoas para procederem de um modo mais adequado à Boa Nova proposta nas Escrituras Sagradas.

Somente através de um Bom Ensino, sensível à vida de homens e mulheres, será possível, à luz da Palavra, proporcionar mudanças marcantes na Igreja, bem como nas outras áreas da sociedade hodierna.

Longe da censura ou do indiferentismo para com o assunto em tela, urge acordar, cair em si, e fazer com que a boa educação cristã se dê no mundo atual.

O comprometimento verdadeiro com Deus é corroborado na importância que se dá à educação permitindo ao ser humano tornar-se cada vez mais humano.

Que a Torah e o Evangelion façam toda a diferença.

Graça, paz e bem!


Obs.: as expressões "religião" e "religiosos" não são utilizadas neste texto em sentido pejorativo. Estas estão respaldadas no texto de Tiago 1,19-27.

2 comentários:

Yuri Steinhoff disse...

Ola querido Pr(ofessor) Edemir!

Realmente precisamos voltar nossas atenções e preocupações para uma verdadeira educação cristã.

Pondero mais: o discurso contemporaneo da educação nos coloca, a todos, como educadores ativos na sociedade. Sendo assim, a verdadeira educação cristã não seria aquela que vivenciamos no nosso cotidiano, quando, assim pensando e nos considerando como cristãos? Assim, o nosso "currículo oculto" (Cesar Coll) não seria uma transparência de nossa práxis cristã?

É preciso enxergarmos a nós mesmos, sem nos esquivar, como responsáveis pela nossa transformação (individual e coletiva) através da educação, ao passo que somos educadores ao mesmo tempo que somos educandos.

Um grande abraço!

Edemir Antunes disse...

É isso aí companheiro. Continuemos educando e educando-nos. Obrigado pela contribuição.