segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

O joio, o trigo e o desejo de torcer um pescoço...



Quando a descrença total é o seu norte, ele/a se integra à Igreja de Jesus apenas para fazer contatos e tirar dos/as “crentes” o dinheiro que lhe permitirá alcançar seus objetivos materiais. Ele/a lança mão do cinismo, entra no jogo politiqueiro, utiliza os trejeitos e jargões religiosos que o/a identificarão como alguém piedoso/a, além de aprofundar-se no conhecimento das engrenagens institucionais para identificar suas vulnerabilidades e usá-las em seu favor. Vez ou outra pratica algo que será interpretado como ato de bondade e amor, pois assim ganhará ainda mais notoriedade entre os “seus pares”.

Esta pessoa supracitada, numa perspectiva bíblica, é chamada de joio, ou seja, uma erva daninha muito parecida com o trigo e que só se torna visível para a maioria quando chega à fase da espiga. Antes de chegar a esta última etapa o joio causa muitos estragos. Somente um olhar atento pode identificá-lo na seara antes da colheita. O joio engana até mesmo pessoas seguidoras de Jesus. Estas últimas, deslumbradas, ingenuamente chamam-no de irmão/ã. Aquele/a que está vigilante a ponto de perceber a presença do joio tem que agir com discrição e sagacidade no meio do povo de Deus. Censuras diretas ou insinuações sobre o caráter e compromisso do joio podem gerar divisões e duras reações das pessoas iludidas.

Por essas e outras Jesus alertou as suas amigas e amigos com a seguinte parábola, conforme Mateus 13.24-30: “24 Jesus apresentou-lhes outra parábola, dizendo: O Reino do Céu é semelhante ao homem que semeou boa semente em seu campo. 25 Mas, enquanto os homens dormiam, seu inimigo veio, semeou joio no meio do trigo e retirou-se. 26 Assim, quando o trigo cresceu e começou a dar espigas, apareceu também o joio. 27 Então os servos do proprietário chegaram e lhe disseram: Senhor, não semeaste boa semente em teu campo? De onde vem o joio? 28 Ele lhes respondeu: Algum inimigo fez isso. E os servos lhe disseram: Queres, então, que o arranquemos? 29 Mas ele disse: Não, para que, ao tirar o joio, não arranqueis com ele também o trigo. 30 Deixai ambos crescerem juntos até a colheita. Na época da colheita, direi aos que fazem a colheita: Ajuntai primeiro o joio e atai-o em feixes para queimá-lo; o trigo, porém, recolhei-o no meu celeiro.”

Graça, paz e bem!

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