Uma
característica que ainda persiste em mim é a timidez. Esta me trava em algumas
situações. Eu consegui melhorar bastante, mas ela ainda perdura.
Quando
eu iniciei os meus estudos teológicos um dos objetivos claros para mim era
desenvolver-me na área da Homilética. Talvez, de modo inconsciente, procurando
meios para confrontar a minha timidez.
Logo
no início das aulas em 1998 eu descobri que os/as alunos/as do segundo ano estavam
estudando Homilética com o Prof. Dr. Luiz Carlos Ramos. Neste tempo eu tinha 23
anos.
Então
eu me aproximei do Luiz e lhe disse que me interessava pelos estudos homiléticos,
porém o meu embaraço ante a tarefa de falar em público era-me um grande
adversário.
O
professor, então, por um motivo que só ele e Deus sabem, permitiu que eu
assistisse as suas aulas e em momentos fora do ambiente da classe passou a
orientar-me.
Um
dos grandes desafios que ele me fez naquele tempo foi o de orar, pesquisar e escrever
um sermão por semana, mesmo que eu não fosse comunicá-lo numa igreja local.
Este
desafio, naquele momento, pareceu-me absurdo porque eu não concebia esse tipo
de coisa. Contudo, como ele era um ótimo pregador e professor, eu aceitei o
desafio.
Durante
11 anos eu segui a risca a orientação do professor. O Luiz estava certo. Deus
me abençoou. Eu conseguia a cada dia lidar com minha timidez, organizar as
minhas ideias e comunicar a mensagem com objetividade, clareza e sensibilidade.
Foram
momentos inesquecíveis aqueles passados com o professor, no Seminário Teológico
na cidade de Lins, na sala de aula e, também, sentados ao redor de uma mesa ao
ar livre, conversando e contemplando a natureza daquele lugar.
Hoje,
1º de março de 2014, faz 16 anos que eu fui desafiado. Avancei muito, mas tenho
que melhorar. Sou grato ao Senhor pelo ministério pastoral e docente do Luiz.
Eu fui transformado, lapidado, pastoreado, ensinado...
O reflexo de tudo isso pode ser visto não apenas no ambiente da igreja, mas em minha vida pessoal, familiar e profissional. Os benefícios foram maiores do que podia pensar.
O reflexo de tudo isso pode ser visto não apenas no ambiente da igreja, mas em minha vida pessoal, familiar e profissional. Os benefícios foram maiores do que podia pensar.
Com
este breve relato eu quero lhe dizer que, se você permanecer andando com Deus,
e permitir-se ser orientado/a por pessoas vocacionadas e capacitadas, você crescerá
e terá condições de servir a muitos/as homens/mulheres.
Se
eu melhorei, você também consegue. Creia e cerque-se de pessoas que receberam
dons do Espírito Santo e os desenvolveram com amor e muito empenho.
Graça,
paz e bem!
Um comentário:
Prof. Edemir, nos meus estudos de "Temperamentologia" e avaliando outros estudiosos dos vários temperamentos o consenso é que o apóstolo João era de temperamento tímido; que Moisés era de temperamento tímido;que muita gente competente - Bill Gates, por exemplo, é de temperamento tímido. Eu mesmo também sou de temperamento tímido. No entanto, o que se tem presenciado é que pessoas com talento, bem direcionadas nesse talento, e persistentes no que fazem de bem, com certeza atingem objetivos de excelência, mesmo dentro de "aparentes limitações" . Deus opera de multiformas. René Le Senne, o pai da Caracterologia francesa, na abordagem de seus 8 tipos de temperamentos comprova o que estou dizendo. Ele era um espiritualista e só não sei se conheceu o Senhor Jesus devidamente, principalmente porque a igreja católica era muito forte e dogmática na época (final do século 19 e início do 20). Mas sua obra deixa claro que Deus usa cada um dos temperamentos para fazer maravilhas. Está usando o seu. Está usando o de cada um que tem boa vontade em servi-Lo. E somos todos gratos a Deus por isso!
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