Às vezes me cansa esse discurso sobre o tema “lei e graça” desvinculado de discernimento, sabedoria e Graça. Eu fico a pensar: de onde tiraram esta história de “lei”? Os tradutores da Septuaginta e da Vulgata Latina, apesar do esforço, foram muito infelizes nesta traição, digo tradução... e muita gente gostou do erro!
Quando se analisa o Primeiro Testamento a palavra comumente usada é Torah. Torah não é “lei” nem aqui em São Paulo e nem na Bahia (um forte abraço aos/às irmãos/ãs baianos/as!). Torah significa Bom Ensino ou Boa Instrução que conduz à Felicidade. É certo que alguns elementos que compõe a Torah deixam de fazer sentido após a vinda de Jesus Cristo relatada no Segundo Testamento, mas daí a afirmar que ela é lixo parece-me um exagero.
A Torah não é entulho. Entulhos são as pessoas que transformam a Torah em “lei” (ordem, peso, medo, jugo). Entulhos são aqueles/as que sentem êxtases por viverem, de modo hipócrita ou não, um legalismo cego, frio e doentio. Entulhos são os indivíduos que fazem da sua “lei” a prisão sufocante do Evangelho.
Ao pensar em Jesus eu o vejo como a Boa Notícia que me ajuda a compreender a Torah, a minha vida e a comunidade contemporânea de discípulos/as do Ressurreto. Somando-se a isso, a minha impressão é que o apóstolo Paulo se opõe à “lei de judeus-cristãos legalistas” e não à Torah que obtém um sentido muito mais libertador, amplo e salvador com Cristo.
Talvez esteja na hora de alguém declarar que Torah não é “lei”, que Evangelho não é “evangelho de legalistas” e que ser discípulo/a de Cristo não é ser “evangélico/a”. Tomar cuidado com gente desajuizada além de ser uma “lindeza caetânica” possivelmente seja um Bom Conselho.
Graça, paz e bem!
Quando se analisa o Primeiro Testamento a palavra comumente usada é Torah. Torah não é “lei” nem aqui em São Paulo e nem na Bahia (um forte abraço aos/às irmãos/ãs baianos/as!). Torah significa Bom Ensino ou Boa Instrução que conduz à Felicidade. É certo que alguns elementos que compõe a Torah deixam de fazer sentido após a vinda de Jesus Cristo relatada no Segundo Testamento, mas daí a afirmar que ela é lixo parece-me um exagero.
A Torah não é entulho. Entulhos são as pessoas que transformam a Torah em “lei” (ordem, peso, medo, jugo). Entulhos são aqueles/as que sentem êxtases por viverem, de modo hipócrita ou não, um legalismo cego, frio e doentio. Entulhos são os indivíduos que fazem da sua “lei” a prisão sufocante do Evangelho.
Ao pensar em Jesus eu o vejo como a Boa Notícia que me ajuda a compreender a Torah, a minha vida e a comunidade contemporânea de discípulos/as do Ressurreto. Somando-se a isso, a minha impressão é que o apóstolo Paulo se opõe à “lei de judeus-cristãos legalistas” e não à Torah que obtém um sentido muito mais libertador, amplo e salvador com Cristo.
Talvez esteja na hora de alguém declarar que Torah não é “lei”, que Evangelho não é “evangelho de legalistas” e que ser discípulo/a de Cristo não é ser “evangélico/a”. Tomar cuidado com gente desajuizada além de ser uma “lindeza caetânica” possivelmente seja um Bom Conselho.
Graça, paz e bem!
4 comentários:
Olá Edemir!!!
Obrigado por comentar no blog.
Gostei de seu texto mano. Eu já tenho dito de muitas formas que a Graça é mais importante que a Lei.
Fico feliz de ver pessoas falando desta Boa Nova que liberta!
Abraço,
MAS EU GOSTEI DEMAIS DESSE TEXTO!!!!
Também estou cansada de tanto "desentendimento" meu irmão. O que acontece? Será mesmo que o diabo embassa os olhos, embaralha as palavras, e o povo não dá ouvidos ao Espírito. Pois é...
Tá na hora de abrir o bocão! Fico feliz por vc ter feito isso. Prá mim, VALEU!!!
Obrigada pela sua visita ao meu blog. Apareça sempre, será uma alegria!
Graça e paz!
Uma compreensão holística da Bíblia nos é muito difícil dentro de nossa perspectiva de mundo positivista, maniqueísta e compartimentalizada. A Lei e Graça se completam, sem uma não há a outra; a Graça deriva da Lei, e a Lei da Graça...
Graça e Paz,
Maya
Gostei de suas reflexões. A mim também parece que algumas palavras precisam ser definitivamente abolidas do nosso vocabulário. Não que sejam, por si, negativas, mas postas a serviço de ideologias e estruturas de poder acabaram perdendo seu sentido original. É certamente o caso da expressão "lei" e de variações ainda mais abomináveis como "mandamento".
Acabam expressando exatamente o oposto de "Bom Ensino ou Boa Instrução que conduz à Felicidade". Imposição heterônoma e não ensino. Obstáculo externo que suprime qualquer possibilidade de felicidade, de auto-construção do indivíduo e não boa instrução que conduz a plenitude.
Vida eterna a Torah, essa ajuda positiva, onde, com o salmista, depositamos nosso prazer.
Queimem os ordenamentos.
Um forte abraço.
Postar um comentário