domingo, 12 de agosto de 2007

Meu pai, meu amigo

Num dia como esses (Dia dos Pais) eu não posso deixar de falar do meu pai: Edemir. Com o passar do tempo eu percebi que possuo algumas características semelhantes às dele: organização, busca por aprender, “caxianismo” (advindo do termo “caxias”), observação, “rabugice bem humorada”, equilíbrio etc. Algo que eu não posso deixar de mencionar é a fé. O modo como ele experienciou a Deus-Pai, a Jesus Cristo e o Espírito Santo marcou o meu jeito de viver a caminhada cristã. Embora eu tenha crescido e amadurecido, os ensinamentos e testemunhos que dele recebi a respeito de Deus me são valiosíssimos. Lembro-me que ele sabia lidar muito bem com os diferentes grupos cristãos, na época “tradicionais” e “avivados/as”. Com muita sensibilidade ele pastoreou homens/mulheres diferentes e divergentes. Tudo isso contribui para que eu estivesse aberto a aprender com todas as pessoas – independentemente do modo como elas se expressam no contato com o Senhor. Na atualidade, eu procuro pastorear o povo de Deus com o máximo de amor, carinho, respeito e cuidado. As pessoas que o Senhor colocou em meu caminho devem ser apascentadas com afabilidade e ternura – logo, eu me esforço para agir assim. Trago em minha memória o bíblico e paterno conselho pastoral: “Não repreendas ao homem idoso; antes, exorta-o como a pai; aos moços, como a irmãos; às mulheres idosas, como a mães; às moças, como irmãs, com toda a pureza”. [I Tm 5,1-2]

Eu participei de eventos e encontros diversos, também como me aventurei por vários setores do “mundo cristão”. Sempre fui incentivado pelo meu pai e minha mãe e, às vezes, escutava algumas verdades concernentes a determinadas práticas que eu estava adotando. Experimentei, devido a uma intensidade desgovernada que habitava em meu peito, os entusiasmos dos movimentos tradicionais, progressistas, liberais, ecumênicos e avivalistas. Em decorrência dessas experiências acabei aprendendo um pouco de cada e notando que todas as alas possuem características positivas e negativas. Hoje em dia eu procuro o máximo de equilíbrio possível. Não sou mais favorável aos rótulos, pois eles apresentam uma mescla de perigos e fardos que eu não preciso viver nem carregar – o Evangelho me libertou e confere libertação cotidiana. Essa postura tem me ajudado a ser mais piedoso com o/a próximo e comigo mesmo. É óbvio que o exemplo de meu pai ajudou-me muito em minha vida como discípulo de Jesus Cristo. Por isso, eu tenho que agradecer ao Pai Celestial por me conceder o privilégio de conviver com o meu pai.

Pelo amor, compreensão e apoio que recebi e recebo do meu pai eu sou imensamente grato pelo “Seu Demí” (muita gente o chama assim... e a mim também).

Que Deus abençoe o meu e o seu pai.

Graça, paz e bem!

Um comentário:

MamaNunes disse...

Ah...Ele não que me adotar não?
Parabéns pra vocês dois.
Graça e paz!